domingo, 6 de junho de 2010

Paisagem ...#9

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Principais problemáticas associadas à exploração de aquíferos

Os aquíferos encontram-se sujeitos a diversos tipos de poluição que, ao contaminar as suas águas, condiciona ou inviabiliza a sua utilização. Entre outras formas de poluição, destaca-se aquela resultante da lixiviação dos campos agrícolas, da actividade humana urbana, da actividade industrial e a poluição biológica (microbiana).





REFLEXÃO:

Outra problemática, igualmente acentuada, é a sobreexploração dos aquíferos. No litoral, a diminuição excessiva do nível freático da água leva á infiltração de água salgada nos aquíferos.

A qualidade dos aquíferos varia, igualmente, com factores intrínsecos ao sistema subterrâneo. O tipo de rochas que o envolve, o grau de alteração das mesmas, a localização das zonas de recarga e o gradiente geotérmico influenciam a composição mineralógica das águas subterrâneas.

Reservatórios de água subterrânea - Aquíferos :)

A água é o recurso mais utilizado no planeta. Quando a água doce, potável, não se encontra acessível à superfície, surge a necessidade de explorar os reservatórios subterrâneos – aquíferos.


A qualidade de um bom aquífero é definida por duas propriedades essenciais:

Porosidade – quantidade relativa do volume da rocha permeável, ou dos sedimentos, que é ocupada por poros;



Permeabilidade – facilidade com que uma rocha permeável se deixa atravessar por um fluido. A permeabilidade não decorre apenas da porosidade, mas, também do modo como se encontram organizados os poros da rocha.




Um bom aquífero possui elevada porosidade e elevada permeabilidade.

Num aquífero é possível considerar, num alinhamento vertical, duas zonas constituintes fundamentais:

Zona de aeração –equivale à região superior do aquífero. Aí, os poros das rochas estão ocupados, não apenas por água, mas também por ar. Esta zona está localizada entre a superfície e o nível freático da água;

Zona de saturação –corresponde à região onde as rochas, ou os sedimentos, possuem todos os seus poros preenchidos por água. Superiormente, é limitada pela zona de aeração, no seu nível inferior, é limitada por material geológico impermeável. A sua área superficial define o nível hidrostático.

Também é importante referir:

Nível hidroestático ou freático –é a profundidade a partir da qual aparece a água. Corresponde ao nível atingido pela água nos poços. Este nível é variável de região para região, e, na mesma região, varia ao longo do ano.




É através da zona de aeração que a água, por acção gravítica, se infiltra através dos poros das rochas ou se evapora a partir da sua parte mais superficial. Em situações de precipitação elevada, a quantidade de água infiltrada é superior à da água evaporada, o que determina uma maior acumulação de água na zona saturada, com consequente subida do nível hidrostático. Pelo contrário, em situações de seca, em que a quantidade de água evaporada é superior à infiltrada, ou em situações de sobreexploração do aquífero, a zona saturada diminui e o nível hidrostático desce.


Atendendo às características e localização dos aquíferos, é possível classificá-los como:

Aquífero cativo –limitado, no topo e na base, por material geológico impermeável. Quando cheio, a pressão da água é superior à pressão atmosférica;

Aquífero livre – aquífero limitado, no seu nível inferior por uma formação geológica impermeável, mas cujo topo é contíguo a uma formação permeável. A pressão superficial da água é equivalente à pressão atmosférica.