domingo, 14 de fevereiro de 2010

Identificação das Propriedades Físicas dos Minerais

Cor

É uma característica extremamente importante dos minerais. Pode variar devido a impurezas existentes em minerais como o quartzo, o corindo, a fluorite, a calcite e a turmalina, entre outros. Noutros casos, a superfície do mineral pode estar alterada, não mostrando sua verdadeira cor. A origem da cor nos minerais está principalmente ligada à presença de iões metálicos, fenómenos de transferência de carga e efeitos da radiação ionizante. Eis alguns exemplos:

- Jade — esverdeado;

- Augite — verde-escuro a preto;

- Cassiterite — verde a castanho;

- Pirite — amarelo-ouro.







Brilho

O brilho depende da absorção, refracção ou reflexão da luz pelas superfícies frescas de fractura do mineral (ou as faces dos seus cristais ou as superfícies de clivagem). O brilho é avaliado à vista desarmada e descrito em termos comparativos utilizando um conjunto de termos padronizados. Os brilhos são em geral agrupados em: metálico e não metálico ou vulgar. Diz-se que o brilho é não metálico, ou vulgar, quando não é semelhante aos dos metais, sendo característico dos minerais transparentes ou translúcidos. Dentro das grandes classes atrás apontadas, o brilho de um mineral pode ser descrito como:

Brilhos não metálicos:


Acetinado — brilho não metálico que faz lembrar o brilho do cetim; é característico dos minerais fibrosos;

Adamantino — brilho não metálico que, pelas suas características, nomeadamente a intensidade, se assemelha ao do diamante (são exemplos a pirargirite e a cerussite;

Ceroso — brilho não metálico que lembra o da cera (é exemplo a variscite);

Nacarado — brilho não metálico semelhante ao das pérolas (é exemplo a caulinite);

Resinoso — brilho não metálico que lembra o observado nas superfícies de fractura das resinas (é exemplo a monazite);

Vítreo — brilho não metálico que lembra o do vidro (são exemplos a fluorite, a halite e a aragonite);

Brilhos metálicos:

Metálico — brilho que se assemelha ao dos metais, sendo característico de minerais opacos como a galena, a calcopirite e a pirite;

Submetálico — brilho que faz lembrar o dos metais, mas não tão intenso, sendo característico dos minerais quase opacos como a cromite.





Traço ou Risca


A cor do mineral quando reduzido a pó corresponde à risca ou traço. Esta propriedade é importante na identificação de minerais, pois apesar a cor do mineral poder variar, a risca, normalmente, mantém-se constante, podendo, em certos casos, ser diferente da própria cor do mineral. A risca pode ser facilmente determinada friccionando o mineral sobre uma placa de porcelana fosca, muito dura.




Clivagem

É a forma como muitos minerais se quebram seguindo planos relacionados com a estrutura molecular interna, paralelos às possíveis faces do cristal que formariam. A clivagem é descrita em cinco modalidades: desde pobre, como na bornite; moderada; boa; perfeita; e proeminente, como nas micas. Os tipos de clivagem são descritos pelo número e direcção dos planos de clivagem.



Fractura

Refere-se à maneira pela qual um mineral se parte, excepto quando ela é controlada pelas propriedades de clivagem e partição. O estilo de facturação é um elemento importante na identificação do mineral. Alguns minerais apresentam estilos de facturação muito característicos, determinantes na sua identificação.



Dureza


Expressa a resistência de um mineral à abrasão ou ao risco. Ela reflecte a força de ligação dos átomos, iões ou moléculas que formam a estrutura. A escala de dureza mais frequentemente utilizada, apesar da variação da dureza nela não ser gradativa ou proporcional, é a escala de Mohs, que consta dos seguintes minerais de referência (ordenados por dureza crescente):





Densidade

É a medição directa da densidade mássica, medida pela relação directa entre a massa e o volume do mineral.

1 comentários:

Unknown disse...

Porcelana Fosca p/ identificar minerais

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