Cor
É uma característica extremamente importante dos minerais. Pode variar devido a impurezas existentes em minerais como o quartzo, o corindo, a fluorite, a calcite e a turmalina, entre outros. Noutros casos, a superfície do mineral pode estar alterada, não mostrando sua verdadeira cor. A origem da cor nos minerais está principalmente ligada à presença de iões metálicos, fenómenos de transferência de carga e efeitos da radiação ionizante. Eis alguns exemplos:
- Jade — esverdeado;
- Augite — verde-escuro a preto;
- Cassiterite — verde a castanho;
- Pirite — amarelo-ouro.
Brilho
O brilho depende da absorção, refracção ou reflexão da luz pelas superfícies frescas de fractura do mineral (ou as faces dos seus cristais ou as superfícies de clivagem). O brilho é avaliado à vista desarmada e descrito em termos comparativos utilizando um conjunto de termos padronizados. Os brilhos são em geral agrupados em: metálico e não metálico ou vulgar. Diz-se que o brilho é não metálico, ou vulgar, quando não é semelhante aos dos metais, sendo característico dos minerais transparentes ou translúcidos. Dentro das grandes classes atrás apontadas, o brilho de um mineral pode ser descrito como:
Brilhos não metálicos:
Acetinado — brilho não metálico que faz lembrar o brilho do cetim; é característico dos minerais fibrosos;
Adamantino — brilho não metálico que, pelas suas características, nomeadamente a intensidade, se assemelha ao do diamante (são exemplos a pirargirite e a cerussite;
Ceroso — brilho não metálico que lembra o da cera (é exemplo a variscite);
Nacarado — brilho não metálico semelhante ao das pérolas (é exemplo a caulinite);
Resinoso — brilho não metálico que lembra o observado nas superfícies de fractura das resinas (é exemplo a monazite);
Vítreo — brilho não metálico que lembra o do vidro (são exemplos a fluorite, a halite e a aragonite);
Brilhos metálicos:
Metálico — brilho que se assemelha ao dos metais, sendo característico de minerais opacos como a galena, a calcopirite e a pirite;
Submetálico — brilho que faz lembrar o dos metais, mas não tão intenso, sendo característico dos minerais quase opacos como a cromite.
Traço ou Risca
A cor do mineral quando reduzido a pó corresponde à risca ou traço. Esta propriedade é importante na identificação de minerais, pois apesar a cor do mineral poder variar, a risca, normalmente, mantém-se constante, podendo, em certos casos, ser diferente da própria cor do mineral. A risca pode ser facilmente determinada friccionando o mineral sobre uma placa de porcelana fosca, muito dura.
Clivagem
É a forma como muitos minerais se quebram seguindo planos relacionados com a estrutura molecular interna, paralelos às possíveis faces do cristal que formariam. A clivagem é descrita em cinco modalidades: desde pobre, como na bornite; moderada; boa; perfeita; e proeminente, como nas micas. Os tipos de clivagem são descritos pelo número e direcção dos planos de clivagem.
Fractura
Refere-se à maneira pela qual um mineral se parte, excepto quando ela é controlada pelas propriedades de clivagem e partição. O estilo de facturação é um elemento importante na identificação do mineral. Alguns minerais apresentam estilos de facturação muito característicos, determinantes na sua identificação.
Dureza
Expressa a resistência de um mineral à abrasão ou ao risco. Ela reflecte a força de ligação dos átomos, iões ou moléculas que formam a estrutura. A escala de dureza mais frequentemente utilizada, apesar da variação da dureza nela não ser gradativa ou proporcional, é a escala de Mohs, que consta dos seguintes minerais de referência (ordenados por dureza crescente):
Densidade
É a medição directa da densidade mássica, medida pela relação directa entre a massa e o volume do mineral.
1 comentários:
Porcelana Fosca p/ identificar minerais
Postar um comentário